sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Colisão

Vi o que tu fizeste
Falavas muito e nada
Ao mesmo tempo
Em tempo algum
Fonte jorrando enxurrada
E teu rosto brilhava
Tantos livros, croquis e discos
Estavas a brincar com fadas

Cálculos, Química, Física, filos
E a raiz de todas as palavras
Não só as horas e as estrelas
A Teologia também dominavas
O mundo ficava tão pequeno
Tu borbulhavas
Nadar o Atlântico, o Índico e o Reno
Fluindo em cascatas

Os braços em volta da Terra
Sublime devaneio sem erro
Sorrias do temor humano
Não vi o homem
Estavas além
O super homem
Não o de Nietzsche
Mas o que cai ante a kryptonita