Eu, de mim, não sei...
Racionalizei,
agora penso que sei,
escorei, reafirmei,
aprofundei.
Cientifiquei.
Eu sou,
pois sei.
Da incerteza do meu eu
fiz de escudo o meu ego.
Cego,
enfermo,
estafermo.
A fome me alimenta,
narcisos como.
Acima da essência
estou eterno até o fim.
Palavreei.
.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Susto
Voei o mais alto que pude.
Faltou-me o ar,
senti-me só,
na escuridão.
Caí o mais rápido que pude.
Eu vi o mar,
o céu azul,
a luz voltou.
.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
O boné
A estrada segue ao
horizonte,
Dobra-se em curvas,
Sigo.
Descanso os olhos nos
campos,
flores e montanhas.
As pernas doem. Por que
caminhar?
Jogo uma pedra e vou
buscá-la.
Vou... chego lá.
Agora cai fora da
estrada,
Deixa pra lá.
Tem outras e todas
deixei.
Rotina.
Suor, o boné eu
joguei,
Não larguei, é meu.
O horizonte, a estrada,
o boné.
Lancei.
Descanso meus olhos no
campo,
na flor, na montanha.
Descanso.
Jogo o boné e vou
buscá-lo.
.
.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Filhos do Céu
As pedras com que açoitas os mendigos
são as pedras que usaste em tua casa.
A poeira que os pivetes têm na pele
é a poeira que varreste da tua sala.
O mal jeito que os pobres tem na fala
vem do jeito com que usas tua escrita,
e essa pose que tu mostras na fachada
vem de quem só desprezaste em tua vida.
Olhe o céu,
olhe o sol de Angra dos Reis.
Olhe o mar,
a natureza que os fez.
As lágrimas caladas
e os abraços esquecidos
querem mais vida...
para os que vivem por vocês.
.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Primavera
Nuvem, folhas, orvalho,
Ninho, da alma, em gotas...
Céu! Belo abismo,
Chão, Terra em sorriso,
Lábios do amanhecer,
Beijo da vida:
Sol.
.
Ninho, da alma, em gotas...
Céu! Belo abismo,
Chão, Terra em sorriso,
Lábios do amanhecer,
Beijo da vida:
Sol.
.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
O taco
ta-co-ta-co-ta-co-ta
co-ta-co-ta-co-ta-co
ta-co-ta-co-ta-co-ta
co-ta-co-ta-co-ta-co
ta-co-co-ta-do-pi-so
.
co-ta-co-ta-co-ta-co
ta-co-ta-co-ta-co-ta
co-ta-co-ta-co-ta-co
ta-co-co-ta-do-pi-so
.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
www,pontosem,pontocom
Uma janela, muitas
histórias,
Algumas boas, outras
bem bobas,
Vida,
d`essa cadeira olho pra
ela,
Paisagens em jpeg,
Miragens em luz de led,
Sem maresia, nenhuma
brisa,
desbravadores de terra
alheia,
consumidores de
novidades,
auto-hipnose,
querer domado,
Movimentos em mpeg,
enclausurados na "wide
web",
Informações de
superfície,
Reflexões, não agora,
Fotos, fatos, clico,
gosto,
Gosto e marco nos
favoritos,
Isto, este, aquilo e
aquilo,
"Backup",
pra ler depois,
pra ver depois,
ouvir depois,
depois...
.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
1/4
Poderia sair
Não quero mais
Quem dera voltar
Dias normais
Pareciam...
Preso em mim
Tento fugir
Quieto
O mundo é ruim
A vida...
Poderia chorar
Engulo
Talvez me soltar
Falar mais
Demais
Desfaz...
Preso em derrotas
Penso em rugir
Atento
Meu mundo é o medo
Vida sem rumo
O sol está lá fora...
.
Não quero mais
Quem dera voltar
Dias normais
Pareciam...
Preso em mim
Tento fugir
Quieto
O mundo é ruim
A vida...
Poderia chorar
Engulo
Talvez me soltar
Falar mais
Demais
Desfaz...
Preso em derrotas
Penso em rugir
Atento
Meu mundo é o medo
Vida sem rumo
O sol está lá fora...
.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Devaneios
Mundos virtuais,
Máscaras,
Fingimentos reais,
Verdades,
Estranhos momentos,
Familiares demais,
Crescimento,
Animais que pensam
Que pensam.
Outras terras,
Paragens,
Miragens concretas,
Chantagens,
Familiares demais,
Nascimento,
O fruto enclausura,
A flor seduz.
Caem as máscaras,
Trocas,
Verdades fingidas em ais,
Brocas,
Momentos familiares demais,
Estranhos,
Penso em animais que pensam
Demais.
terça-feira, 19 de junho de 2012
O Portal
A cidade dormitava, nos meus dias de criança,
Era o que me parecia,
eram outros movimentos,
Eram calmos, eram lentos, o tempo não existia,
O olhar e pensamentos, as folhas dançando ao vento,
Criativa alegoria.
Andava de bicicleta
nas ruas quase desertas e repletas de esperança.
As jogadas no campinho, os caminhos da escola,
aprendendo com os amigos, os cadernos encapados,
os sapatos engraxados, tudo em volta se mexia.
Na estação o trem parava, a buzina avisava,
a cidade ali partia, ia pedra e cimento,
vinha o desenvolvimento alterar padrões antigos.
Lá no fim da Magalhães
ainda havia uma porteira,
o portal do meu caminho, da cidade uma fronteira.
Avenida seguiu
reto pra encontrar outra saída,
escorreu pra rodovia,
a cidade não dormia,
eu andava ela sorria,
nosso tempo começou.
Ao sair ela sabia que jamais a deixaria,
tenho em mim aonde for.
Arcos, setas, alvos certos, barris, margens, arcos
firmes,
vocação moldada em tomos, cidadãos vontade e brio.
Majestosa debutante, moça Arcos, arrepios
aos olhares dos vizinhos,
tão atentos não mais frios, se dobram a comtemplar.
A criança de outrora que agora faz história,
virou quem influencia.
Conhecida Capital
do Calcário à força bruta,
Na cidade de operário, faz comércio e cultura,
Ficou forte,
virou guia.
A cidade dormitava, era o que me parecia,
Nos meus dias de criança, o olhar e pensamentos,
As folhas dançando ao vento, eram outros movimentos,
Repletos de esperança, novos tons em nova dança...
O portal atravessamos.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Vasilhame
Fim do eu vivo pleno
Sinto a mim descongelo
Ide em mim o vazio
É gostar descaminho
Vaso a luz arteríola
Corre a vida-a deriva
Derivada do ensejo
Não do eu eu meneio
Findo eu um só beijo
Sinto em mim petrifico
Id expande explosivo
Ego star no caminho
Entardeço ecológico
Eco lógico começo
Fim do eu soberano
Findo eu eu humano
segunda-feira, 26 de março de 2012
O silêncio
O silêncio não diz minha dor,
Estou mudo,
Posso escrever o quanto for,
Em silêncio, lenços, torpor.
Tire a lança, deixe-me sangrar,
Lágrimas e cinzas, silêncio
não diz minha dor, minha dor,
Não diz o silêncio, o silêncio.
Estou mudo mas posso digitar,
Quem eu quero já leu no que sou,
Se andei e perdi um pedaço,
Ainda mais incompleto eu vou.
Não me venha, a mim consolar,
O silêncio, este me calou,
Não o fiz, ele se apresentou,
Mas não diz, nem um pouco, minha dor.
Estou mudo,
Posso escrever o quanto for,
Em silêncio, lenços, torpor.
Tire a lança, deixe-me sangrar,
Lágrimas e cinzas, silêncio
não diz minha dor, minha dor,
Não diz o silêncio, o silêncio.
Estou mudo mas posso digitar,
Quem eu quero já leu no que sou,
Se andei e perdi um pedaço,
Ainda mais incompleto eu vou.
Não me venha, a mim consolar,
O silêncio, este me calou,
Não o fiz, ele se apresentou,
Mas não diz, nem um pouco, minha dor.
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