quarta-feira, 27 de junho de 2012

Devaneios


Mundos virtuais,
Máscaras,
Fingimentos reais,
Verdades,
Estranhos momentos,
Familiares demais,
Crescimento,
Animais que pensam
Que pensam.

Outras terras,
Paragens,
Miragens concretas,
Chantagens,
Familiares demais,
Nascimento,
O fruto enclausura,
A flor seduz.

Caem as máscaras,
Trocas,
Verdades fingidas em ais,
Brocas,
Momentos familiares demais,
Estranhos,
Penso em animais que pensam
Demais.

terça-feira, 19 de junho de 2012

O Portal


A cidade dormitava, nos meus dias de criança,
 Era o que me parecia, eram outros movimentos,
Eram calmos, eram lentos, o tempo não existia,
O olhar e pensamentos, as folhas dançando ao vento,
Criativa alegoria.

Andava de bicicleta
nas ruas quase desertas e repletas de esperança.
As jogadas no campinho, os caminhos da escola,
aprendendo com os amigos, os cadernos encapados,
os sapatos engraxados, tudo em volta se mexia.
Na estação o trem parava, a buzina avisava,
a cidade ali partia, ia pedra e cimento,
vinha o desenvolvimento alterar padrões antigos.

 Lá no fim da Magalhães ainda havia uma porteira,
o portal do meu caminho, da cidade uma fronteira.
 Avenida seguiu reto pra encontrar outra saída,
escorreu pra rodovia,
a cidade não dormia,
eu andava ela sorria,
nosso tempo começou.
Ao sair ela sabia que jamais a deixaria,
tenho em mim aonde for.

Arcos, setas, alvos certos, barris, margens, arcos firmes,
vocação moldada em tomos, cidadãos vontade e brio.
Majestosa debutante, moça Arcos, arrepios
aos olhares dos vizinhos,
tão atentos não mais frios, se dobram a comtemplar.
A criança de outrora que agora faz história,
virou quem influencia.

Conhecida Capital
do Calcário à força bruta,
Na cidade de operário, faz comércio e cultura,
 Ficou forte, virou guia.

A cidade dormitava, era o que me parecia,
Nos meus dias de criança, o olhar e pensamentos,
As folhas dançando ao vento, eram outros movimentos,
Repletos de esperança, novos tons em nova dança...
O portal atravessamos.