sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Bimotor

O bimotor cruza o céu.
“Lá vai ele!”,
Infla o pintor da minha fachada,
Fiel do deputado.
Planante para o Distrito,
Federal um mito,
Federal.

Meu olhar perpassa da parede ao céu
e volta à parede em sua
parte antiga, ainda
sem tinta: É minha!
Minha a esperança."
 
De que esse fulano
bote as minhas fortes cores
em cores de artista forte,
em riste e triste.
Triste riste, fraco em riste.
Deixe o meu, o mano,
bimotor punguista.
Fora deste plano,
como fosse humano,
político nato.
Fato trato intacto.
Trato intacto trato.
Tato falso tato.

Vê-se a pós-verdade cíclica
em falso e soberbo,
Foi buscar mais verbas,
rimas e outras “ierbas”,
Pra pintar as verves
da fausta campanha.
Brinda com champanha,
dor de fiéis colonos.
Bordeis, lumes, tronos.
Bordeis, lumes, tronos...

Pega meu pintor a trincha
a parede destrincha
em nova esperança.
O bimotor avança
cheio de promessas
fortes de um altar.



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