O bimotor cruza o
céu.
“Lá vai ele!”,
Infla o pintor da
minha fachada,
Fiel do deputado.
Planante para o
Distrito,
Federal um mito,
Federal.
Meu olhar perpassa
da parede ao céu
e volta à parede em
sua
parte antiga, ainda
sem tinta: É minha!
Minha a esperança."
De que esse fulano
bote as minhas
fortes cores
em cores de artista
forte,
em riste e triste.
Triste riste, fraco
em riste.
Deixe o meu, o mano,
bimotor punguista.
Fora deste plano,
como fosse humano,
político nato.
Fato trato intacto.
Trato intacto trato.
Tato falso tato.
Vê-se a pós-verdade
cíclica
em falso e soberbo,
Foi buscar mais
verbas,
rimas e outras
“ierbas”,
Pra pintar as verves
da fausta campanha.
Brinda com
champanha,
dor de fiéis
colonos.
Bordeis, lumes,
tronos.
Bordeis, lumes,
tronos...
Pega meu pintor a
trincha
a parede destrincha
em nova esperança.
O bimotor avança
cheio de promessas
fortes de um altar.
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