sábado, 23 de dezembro de 2017

Esquerda e Direita

Água e caminho fazem o desenho do rio,
A água pergunta ao caminho
e o caminho resiste a água.
Força água!
Reage o caminho.
Progrida água!
Mantenha-se caminho!

Aos gritos a água contorna, adorna e segue,
E o caminho…
Apresenta-se como intocável.
 
 
 
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domingo, 3 de dezembro de 2017

Òbice

Presenciamos ao apogeu de um sistema.
Há quem exalte um perigeu.
Um ciclo inquestionável de ciclos perenes.
Um sistema elogiado em seus espasmos febris,
mesmo que neles nos encontremos afogados.
O povo, periferia das ondas.
Respeitemo-lo, a este sistema,
como jamais nos respeitara ele em sua saúde.
Ele nunca nos viu porque é deus “salva-deuses”
de desconhecidos irmãos.

O sistema fibrila, em espasmos sacode...
Cada grito lhe agita, esperança que eclode
De cada vida perdida
na fome ou potestade…

Abandone os suspiros e não o desfibrilador,
Esta morte não é morte…
Não há morte na ressurreição…
de oportunidades.




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sábado, 7 de outubro de 2017

O título é seu

o homem se viu superior à criação
quando se vestiu superior à criação.
Edema. Anátema. Dor.
Alienígena,
especial,
espacial,
poeira,
esteira.

Quem quer ser não é.
Quem quer ver não vê.
Quem sentir cairá.
Quem ouvir sentirá que

o homem se viu superior à criação
quando se vestiu superior à criação.
Edema. Anátema. Dor.
Alienígena,
especial,
espacial,
poeira,
esteira...
esteira...
esteira…
esteira…



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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Bimotor

O bimotor cruza o céu.
“Lá vai ele!”,
Infla o pintor da minha fachada,
Fiel do deputado.
Planante para o Distrito,
Federal um mito,
Federal.

Meu olhar perpassa da parede ao céu
e volta à parede em sua
parte antiga, ainda
sem tinta: É minha!
Minha a esperança."
 
De que esse fulano
bote as minhas fortes cores
em cores de artista forte,
em riste e triste.
Triste riste, fraco em riste.
Deixe o meu, o mano,
bimotor punguista.
Fora deste plano,
como fosse humano,
político nato.
Fato trato intacto.
Trato intacto trato.
Tato falso tato.

Vê-se a pós-verdade cíclica
em falso e soberbo,
Foi buscar mais verbas,
rimas e outras “ierbas”,
Pra pintar as verves
da fausta campanha.
Brinda com champanha,
dor de fiéis colonos.
Bordeis, lumes, tronos.
Bordeis, lumes, tronos...

Pega meu pintor a trincha
a parede destrincha
em nova esperança.
O bimotor avança
cheio de promessas
fortes de um altar.



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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Você Produto

Enquanto não pensávamos
Tudo voltou,
Talvez nada mudou,
Cordões umbilicais.
Uberização.
Úbere que alimenta a
Evolução...
Istmo para o mundo neoliberal.
Não liberal.
Cruciante.
É Sódio e corantes,
acidulantes na artéria
adulantes, sonantes,
Manta para
sono-antes.
Para
Viciados, nós e eles.
Imposição, o estamento
sem reis, agora
“Religare”, nobres e pobres,
Consumo e sobrevida...
Mill remasterizado.
O mundo está em bloco,
de areia.



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