quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Por mais estranho que pareça

(Escrito em 11/2004)

Não sei se é isso que eu queria dizer
Mas é disso que estou falando
Na verdade eu nunca quis dizer isso
Mas já disse, fazer o que?

Por parecer não ter dito nada
Não se engane, eu já disse
Não sei se fiz da forma errada
Mas está feito.

Diz agora que não está direito
Eu posso até concordar
Você não sabe o que está no meu peito
E que acabei de arrancar.

A força dos seus ouvidos
acabou de me aliviar
É verdade, eu não sei o que eu disse
Mas obrigado por me confortar.

Verborragia eufórica

(Escrito em 2004)

Não creio que seja impossível
Crer que existem crentes
Em crenças que tendem a crendices
Devido à crescente crença
Nos credos cruelmente místicos
E financeiramente racionais.

Estando todos entalados
Enlatados estalam
Nas talas das línguas
E estouram então
Em estrumes lotados
Com coisas do passado.

Das muitas histórias que ouvi,
Uma me impressionou.
Qual é?
Alguém já lhe contou.
Não pense que perdi o juízo.
Estou escrevendo de improviso
E na mais completa falta de assunto,
Digo o que me vai chegando

Não sei nem até onde vou,
Se paro aqui nessa linha.
Enquanto tiver euforia
Escrevo fazendo remendo.
Já não importa o sentido,
Minha mente quer só extravasar.
O que faço com isso ou aquilo
Só a ela deve interessar.

Deixo as palavras bem soltas
Nem olho a ortografia.
Depois mando o texto pra tia
E ela corrige se quiser.

Quanto à história que falei acima?
Realmente ela me impressionou.
Era de um cara que escrevia
E ainda achou quem decorou.

Continuam...

(Publicado em 20/11/2004 no Grupo Poema Livre)

Menino triste, não me olhe assim.
Não sei dos seus problemas
E creio que ninguém saiba.
Chore...ponha para fora...
Não consegue?
Tente sorrir, menino triste.
Pare de me olhar assim...
Eu não entendo mas,
Quero entender...

Está aí, você, de novo.
Agora um rapaz...triste.
Continuo não lhe entendendo,
O que há com você?
Grite! Faça alguma coisa!
Você me constrange...
Dói muito em mim lhe ver,
E lhe ver desse jeito.

As coisas continuam,
As cordas continuam,
O reflexo é sempre o mesmo,
E você, espelho,
É implacável...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O querer

Tem dia que é um saco!
Nostalgia de bons dias
ou pensando que valeram a pena
se valeram, nem isso vejo.

Tem dia que é um porre!
Alegria pra todo lado,
Fugaz, anoréxica, cái,
Eu não me alimentei.

Tem dia que é da hora!
Sou Rei, meu reino eu mesmo,
Acordo o Sol pra aurora,
Masmorra Sol vá embora.

Tem dia que sou eu...
e vejo a mim e em volta,
Aqui, mundo normal,
Infecte-me pra eu sair fora.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

noites que são noites... dias que são dias...

Tem dias que parecem noite
e noites que parecem dia,
O vento frio aquece
e o calor gela a alma,
Trauma,
Trama,
Drama,
Gotas de nada no nada,
lágrimas vazias,
Desencontradas.
Mas tem dias que são dias
e noites que são noites,
Quem me dera
fosse sempre assim.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Limites

Não sei se quero escrever
Nenhum assunto me vem
Estou sem inspiração
pra que escrever então...

Poderia escrever um conto
Fazer um poema, uma linha
é caminhando que se caminha
Frases feitas,
melhor não

Talvez, suando um pouco
mas o pensamento está rouco
Fora do tom
manivela pesada

Fica assim, não vou escrever
Não dá, o que posso fazer
Deixei a caneta de lado
Tirei as mãos do teclado
(Depois tento de novo)