domingo, 9 de maio de 2021

O Ósculo do Sobrado

Por quê chorar essas perdas de perdas que não fazem jus aos meus olhos.
Por quê sentir essa dor quando a dor é uma dor que afeta outras dores? 

O outro se deita normalizado, 
Em linhas perfeitas de isopor. 

Amores pomposos,
Caridosos momentos
em seus sedimentos profícuos.
E tais sentimentos em seus
vários blocos medidos. 
Desmedidos.
Partes necessárias negadas, 
Partidas, partidos. 

Em muros bem feitos de pedra polida, 
Dos doces de casas com base em alma.
E mais base em almas,
sobre almas,
sobr'almas 
quem vem dos Sobrados. 

Sem brados,
sobrados. 

Só brados.