quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Verborragia eufórica

(Escrito em 2004)

Não creio que seja impossível
Crer que existem crentes
Em crenças que tendem a crendices
Devido à crescente crença
Nos credos cruelmente místicos
E financeiramente racionais.

Estando todos entalados
Enlatados estalam
Nas talas das línguas
E estouram então
Em estrumes lotados
Com coisas do passado.

Das muitas histórias que ouvi,
Uma me impressionou.
Qual é?
Alguém já lhe contou.
Não pense que perdi o juízo.
Estou escrevendo de improviso
E na mais completa falta de assunto,
Digo o que me vai chegando

Não sei nem até onde vou,
Se paro aqui nessa linha.
Enquanto tiver euforia
Escrevo fazendo remendo.
Já não importa o sentido,
Minha mente quer só extravasar.
O que faço com isso ou aquilo
Só a ela deve interessar.

Deixo as palavras bem soltas
Nem olho a ortografia.
Depois mando o texto pra tia
E ela corrige se quiser.

Quanto à história que falei acima?
Realmente ela me impressionou.
Era de um cara que escrevia
E ainda achou quem decorou.